Religião e Comportamento
Desde que comecei a me aproximar mais dos estudos inerentes à sobrevivência do espírito após a morte física, tenho observado alguns comportamentos incompatíveis com a pregação de alguns dirigentes e trabalhadores das casas tanto Espíritas quanto Espiritualistas.
Chega, as vezes, a ser cômico tal comportamento, uma vez que dizem uma coisa e fazem outra, por exemplo, em casas onde a tolerância é pregada como forma de ser caridoso e de através dessa virtude alcançar evolução, vi muita gente sem o mínimo de paciência para com os outros, ora, se não há paciência como ser tolerante?
Tolerar não é mascarar preferências, antes sim é ser verdadeiro, porém respeitando a preferência e limites do outro sem fingimento.
Outro exemplo de comportamento incompatível com a religião que se escolhe, seja ela qual for, mas que pregue o amor, a caridade e as coisas boas, é a fofoca.
Normalmente o fofoqueiro nem se dá conta do mal que causa a ele e aos outros, do quanto contamina suas células com o veneno que destila, nem tampouco consegue discernir sobre o peso que descarrega no ambiente em que está. Infelizmente, esse comportamento nos núcleos religiosos é comum.
Fico pensando, nesses momentos, sobre a grande importância que tem a defumação utilizada nos rituais de Umbanda antes da abertura dos trabalhos e penso ainda mais nos banhos recomendados aos médiuns que se apresentam ao trabalho de intercâmbio com o plano espiritual. Talvez seja essa uma maneira de diluir, pelo menos um pouco, toda a carga de negatividade que trazemos dentro de nós e em nossas auras para que se possa realizar um bom trabalho de caridade.
Voltando aos comportamentos, sabemos que Sacerdotes e Dirigentes são seres humanos, passíveis, portanto, de acertos e erros como qualquer pessoa, porém, deles é esperado comportamento coerente com a religião que prega, mesmo porque está ali conduzindo pessoas, portanto é responsável por algo sagrado, como sagrada é a maternidade, por exemplo, e o que vemos por ai, não generalizando, muitas vezes é confronto de egos, nesses casos o Sacerdote ou Dirigente é quem deveria se sentar no banco para atendimento. Delicada essa questão sobre a qual pouco se fala, mas que acontece.
Há ainda, os que se consideram "donos" do espaço físico onde acontecem as reuniões e, como se estivessem em suas casas, esquecem do principal objetivo que deve animar uma casa que se diz de caridade e, ao invés de atentarem a esses objetivos, perdem precioso tempo com coisas pequenas e assuntos menores.
Ainda sobre Sacerdotes e Dirigentes, existem aqueles que não compreendem a exata dimensão da responsabilidade que assumiram, comportando-se de maneira inadequada diante da vida e do núcleo religioso sob sua responsabilidade e o que é pior, contrariando todos os ensinamentos que recebeu e repassou.
Penso que quando se representa uma religião, todo o cuidado é pouco, pois, um comportamento inadequado pode gerar sérios problemas a outros representantes que levam a sério o seu trabalho e a ele se dedicam. Pessoas, quando buscam uma religião, normalmente estão sensíveis e vulneráveis, em muitos casos estão passando por graves problemas e, se acontece de encontrar um Sacerdote ou Dirigente, daqueles que pregam uma coisa e fazem outra, no mais das vezes, essa pessoa fará um mal juízo da religião que ele representa, e não apenas dele como alguém incoerente e inadequado. Eis ai um dos motivos pelos quais muita gente se desliga da religião, conservando apenas a sua religiosidade.
Um dos piores comportamentos que existem, porém, são aqueles que promovem discórdias, discussões e vigilância rígida sobre o comportamento dos outros dentro das casas que deveriam promover justamente o contrário de tudo isso, na maioria dos casos, pessoas que agem assim, se esquecem de vigiar e analisar a elas mesmas, o que é o mais adequado e correto a se fazer.
Certamente encontramos pessoas muito boas e dedicadas nas casas de caridade, pessoas realmente interessadas em auxiliar seu próximo, que se comprometem e levam a sério sua religião e sua religiosidade, gente comprometida com o bem e com a evolução sua própria e daqueles que os buscam esperando encontrar conforto, alivio, cura ou apenas uma mão amiga nas horas amargas da vida.
Anna Pon
04.2011
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