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Mostrando postagens de 2019

Linha e arquétipo dos Boiadeiros

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Linha e arquétipo dos Boiadeiros  Por Rodrigo Queiroz  Em nossa última passagem pela Terra fomos filhos da terra, aqueles que dela viveram, dela extraímos a raiz de cada dia, o alimento da família e a esperança.  Montados no lombo de um cavalo ou boi, ao som do berrante, era possível berrar ao Pai Criador que olhasse por nós.  Eu fui peão, cuidei de muitas fazendas e deixei muitos fazendeiros ricos, estranhamente não respingava no meu bolso a pataca que no deles enchia. Tampouco me queixava disso, afinal, não saberia viver com luxo, gostava mesmo da rede amarrada no batente da simples varanda, ali eu podia descansar meus ossos. Pra que se tenha mais entendimento, nós somos os verdadeiros sertanejos, aqueles que vivem na ferida do Brasil, é uma chaga que não se fecha e com o andar da carruagem periga que esta chaga tome o corpo todo desta terra varonil.  Não vou ficar a falar de minha pessoa e nem desta realidade brasileira, vou logo palestrar sobre nós como amigos tr

Linha e Arquétipo dos Malandros

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Linha e Arquétipo dos Malandros  Por Rodrigo Queiroz  Ditado por Sr. José Pelintra  “Din din din, din din din, risca o ponto!  Malandro cruzado no meio do terreiro chegou, chegou Zé Pelintra que veio do lado de lá, fumando e bebendo gritando vamos saravá!”  Saravá a todos do lado de cá! Saravá Umbanda, o Catimbó, as Macumbas e o Candomblé!  Salve aqueles que são de salve e aqueles que não o são!  De tanto que somos marginalizados por aqueles que deveriam era nos prestar reverência ou mesmo o respeito por estarmos tão próximos para o que der e vier, nós, os “malandros” do astral, fomos confundidos com os marginais do além.  Para quem ainda não entendeu, os Zés da Umbanda são espíritos comuns a cada um de vocês. Humanos por natureza, errantes, com defeitos e virtudes que na bondade do Criador podemos interagir com nossos companheiros encarnados a fim de, na troca de experiências, agregar luz e evolução na história de cada um.  Zé Pelintras, Zé Navalha,

Malandragem na Umbanda

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Malandragem?!  Por Danilo Lopes Guedes  Quando lhe chamam de malandro, logo pensamos de uma forma pejorativa, ou seja, naquele que engana, rouba, etc.  A grande maioria direciona para o cenário ruim, mas quando falamos da linha de Malandros dentro da Umbanda não entendemos direito o que acontece, mas sentimos conforto, satisfação e segurança.  Vou expressar meu sentimento do que entendo por Malandragem, quando ocorre a manifestação desta linha e o sentido de seus trabalhos, estou amparado por meu irmão de LUZ, Seu Camisa Listrada, guia este que vem me acompanhando nos caminhos e sempre ensinando o que Viver.  Fiz o seguinte questionamento: “O que é ser Malandro?”  Aguardei a resposta por alguns instantes, até que... É majestade!  Questionamento complexo, mas tentarei esclarecer a nossa essência e entenderá que ser Malandro é muito fácil.  Ser Malandro ou Viver a Malandragem nada mais é do que:  • Respeitar a sua Vida e a dos outros.  • Gingar conforme

O Encontro de Zé Pelintra com Lampião

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O Encontro de Zé Pelintra com Lampião  Por Fernando Sepe  Um dia desses, passeando por Aruanda, escutei um conto muito interessante. Uma história sobre o encontro de Zé Pelintra com Lampião...  Dizem que tudo começou quando Zé Pelintra, malandro descolado na vida, tentou aproximar-se de Maria Bonita, pois a achava uma mulher muito atraente e forte, como ele gostava.  Virgulino, ou melhor, Lampião, não gostou nada da história e veio tirar satisfação com o Zé:  - Então você é o tal do Zé Pelintra? Olha aqui cabra, devia te encher de bala, mas não adianta...Tamo tudo morto já! Mas escuta bem, se tu mexer com a Maria Bonita de novo, vou dá um jeito de te mandar pro inferno...  - Inferno? Hahahaha, eu entro e saio de lá toda hora, num vai ser novidade nenhuma pra mim! - respondeu o malandro - Além do mais, eu nem sabia que a gracinha da "Maria" tinha um "esposo"! Então é por isso que ela vive a me esnobar!  - Gracinha? Olha aqui cabra safado, tu

Ciganos na Umbanda

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Ciganos na Umbanda  Por Alexandre Cumino  O trabalho cigano dentro da Umbanda dispensa comentários tamanha a sua beleza, gostaria apenas de transcrever as palavras de uma “linda cigana”(entidade espiritual), chamada “Mãe Manuela de Andaluzia”, uma cigana anciã, a qual fizemos algumas perguntas sobre seu povo:  O que os ciganos representam?  - A liberdade, em todos os sentidos, liberdade de um povo que não pertence a nenhuma nação.  Qual o campo de atuação deles?  - Todos aqueles em que o coração permitir porque todos nós viemos a falar de AMOR.  Mas tem também os ciganos de esquerda não é?  - Sim eles são os que fazem nossa guarda e um dia também irão falar de AMOR.  Como eles são (alegres, descontraídos, sérios...)?  - Cada um tem a sua natureza - Não somos ladrões como muitos pensam, somos um povo muito místico pela origem milenar onde trazemos o conhecimento de várias nações por onde estivemos, entre nós existem muitos magos e curandeiros pois

Linha e Arquétipo do Povo do Oriente

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Linha e Arquétipo do Povo do Oriente  Por Rodrigo Queiroz  Ditado por Monge Yamashida  Receba meus votos de Paz e Luz!  Com alegria que venho em nome de um “povo” falar sobre nossa existência e organização aqui do lado espiritual.  Não é novidade pra nenhum Umbandista a presença da Linha do Oriente ou mesmo “Povo do Oriente”. Tão anterior à manifestação oficial desta religião em solo brasileiro somos também um povo que compõe parte da administração deste movimento religioso no lado etérico.  Os espíritos que atuam neste campo são muitos daqueles que viveram em terras já extintas e por todo o Oriente propriamente dito. Seguimos as orientações e ensinamentos de nossa Luz Interior, esta é a presença divina em nós, é o Deus que em nós habita e que faz de cada um de nós o Co-criador da Criação.  A evolução que o Ocidental tanto busca esperando que venha algo externo, um ser, uma força, um alguém é um equívoco. Respeitamos toda crença, porém alertamos sobre a certeza da