ORIXÁ DE CABEÇA MUDA?
ORIXÁ DE CABEÇA MUDA?
Escrito por Médium Rafael de Ávila
site Ação Cristã Vovô Elvírio
O chacra coronário se localiza no topo da cabeça e desempenha - além de uma enormidade de funções psíquicas e orgânicas - o papel fundamental de ligar o ser ao divino. O Orixá é emanação do poder divino e sua atuação ocorre de forma mais direta no chacra coronário. Daí surge a expressão “orixá de cabeça”, que significa “aquele que rege a coroa do espírito, direcionando, sustentando e influenciando aquele ser em sua caminhada”.
Cada espírito, em sua essência, em sua coroa, carrega uma vibração que se relaciona mais intimamente com três orixás, nomeados por orixá de frente, orixá adjunto e orixá ancestral. No processo de autoconhecimento e aprendizado acerca dos guias e orixás, é comum serem revelados pelo guia chefe da casa os três orixás da coroa de um médium, e esta revelação objetiva facilitar o entendimento das energias que regem o trabalhador.
O problema aparece quando, em dado momento, o guia chefe da casa informa ao trabalhador que seus orixás de cabeça não serão mais aqueles três, “mudando a coroa do trabalhador”, alterando um, dois ou os três orixás.
Esta mudança, apesar de gerar insegurança no médium e por vezes insatisfação, é completamente compatível com a realidade do trabalho do Ação Cristã Vovô Elvírio, bem como constitui prática utilizada pelo guia chefe da casa, o preto velho senhor Pai Leopold.
Observe que a alteração da coroa realizada por Pai Leopold não é uma troca do orixá primordial, pois este não pode nem será “tirado” da essência do médium, uma vez que rege aquele espírito independentemente das circunstâncias. O que acontece é uma aproximação intensa do novo orixá.
A alteração energética do novo orixá ou dos novos orixás traz mudanças profundas e essa prática é realizada sempre que o guia chefe vislumbra a necessidade de mudanças no médium. Essa alteração é realizada por uma enormidade de motivos e os mais comuns são: a bem do trabalho espiritual; auxiliar o médium em novos caminhos; criar mudanças de postura; aprofundar o autoconhecimento; fortalecer ou estruturar em um momento de vida, podendo acontecer por todos esses motivos simultaneamente.
É importante compreender que o médium não “perdeu” a vibração de seu orixá primordial, não “perdeu” aquele orixá. O médium não vai deixar de ser filho de seu orixá de frente nunca, mas pode ser posto temporariamente sob a atuação de outro orixá, visando o melhor para o trabalhador e para a corrente.
Vale lembrar que os filhos que possuem Oxumaré como orixá de frente, dada a plasticidade deste orixá, têm maior possibilidade de mudança de orixá regente da coroa e possuem maior facilidade para lidar com a aproximação de outros orixás.
Pode acontecer ainda que:
"É possível saber quais são os três Orixás regentes de uma pessoa através de uma leitura mediúnica feita por um Guia de Lei incorporado, contudo esta leitura pode ser diferente cada vez que é feita, seja pelo mesmo Guia ou por outros. Isso acontece porque, como já dito, todos são filhos de todos os Orixás, então as irradiações de todos eles estão presentes em todas as pessoas. Os pensamentos, intenções e sentimentos de uma pessoa podem influenciar a leitura, uma vez que a pessoa está, naquele momento, mais afinizada com uma irradiação do que com outra.
Por exemplo, uma pessoa predominantemente filha de Ogum (Frente), Obá (Adjunto) e Oxóssi (Ancestre) está com uma dívida muito grande e logo antes da leitura ficou sabendo de uma grande oportunidade de emprego.
Sua cabeça está voltada para a prosperidade financeira (Egunitá na Frente), mas no fundo a pessoa está com medo da oportunidade por ser um cargo de alto nível, então busca coragem (Ogum no Adjunto) e sabe que deve analisar (Oxóssi no Ancestre) a situação com calma e aprender, confiante no sucesso. Assim que esta situação passar, seus sentimentos e intenções terão mudado e a leitura pode mudar novamente.
fonte: Centro de Umbanda Machado da Luz Dourada
Comentários
Postar um comentário