Eu sou Umbandista (um texto sobre o fim do preconceito)





Eu Sou Umbandista! 
por Monica Berezutchi 

A doutrina nos desperta a capacidade e a compreensão e nos traz ensinamentos que nos toca profundamente modificando nosso íntimo. 

São regras, condutas e explicações que são facilitadoras de nossas práticas rituais e litúrgicas aplicadas no nosso dia a dia umbandista. Mas, com um profundo pesar muitos irmãos ainda não conseguiram assumir sua escolha religiosa de ser umbandista. Por que será? 

Será que é porque não compreenderam que a religião de Umbanda não é inferior a nenhuma outra religião existente no nosso país? 

Vamos expressar algumas atitudes não umbandistas: 

- Têm vergonha de aplicar a defumação em sua casa, preocupada com o cheiro que os vizinhos irão sentir... 

- Não sai de casa com sua guia de proteção no pescoço...

 - Não veste sua roupa branca em casa e não sai vestido de branco, para não pensarem que ele vai trabalhar no templo de Umbanda... 

- Lava e estende sua roupa branca de noite ou estende em varais dentro de casa para não surgirem comentários... 

- Quando surge o assunto de religião em seu trabalho, ele desconversa... 

- Monta seu congá escondido para que amigos e parentes não vejam... 

- Acende suas velas bem à noite para ninguém perceber nem o clarão que sai das chamas das velas... 

- Sua vela do anjo da guarda, quando acende, fica bem lá em cima do armário bem escondida... 

- Nos dias de preceito que não pode comer carne e nem ingerir bebida alcoólica, quem trabalha fora dá um jeito de almoçar sozinho só para não ter que explicar para as pessoas... 

- No espelho do carro só coloca um tercinho para disfarçar, e a guia de proteção fica escondida no porta-luvas... 

- Adesivo de Umbanda no carro... não nem pensar... 

- Se o guia que trabalhou em seu favor pedir para despachar uma vela na encruzilhada, finge que esquece no carro só para a vela derreter e depois joga fora. 

- No momento que precisa realizar qualquer tipo de oferenda, anda de carro dando voltas e só para em um lugar onde ninguém está passando... 

- E no momento da oferenda ou da entrega, pega tudo muito rápido e JOGA literalmente alegando que tem medo de assalto... 

- Quando questionado sobre sua religião, disfarça e não esclarece as pessoas quanto às suas dúvidas e perguntas... 

- Se alguém lhe pergunta o que você faz no templo, como é, o que acontece lá, você fica branco e dá branco, não sabe nem por onde começar, simplesmente dá um sorriso amarelo e consegue dizer: “lá, bem, é um lugar que pratica a caridade”... 

- Não sabe nem a diferença de Umbanda, Candomblé, Espírita Kardecista... 

- Quando for casar, casa-se na Igreja Católica, ou pior, casa-se no templo e na Igreja... 

- Batiza seu filho na igreja e depois pede para um guia ser o padrinho da criança... 

- Chama o padre no funeral de seus parentes... 

- Encapa seus livros de Umbanda com um papel, para encobrir o título... 

- Entra bem depressa na casa de artigos religiosos, disfarçando... 

- E quando faz suas compras, pede para embrulhar para ninguém perceber o que tem na sacola... 

Vamos parar por aqui, porque infelizmente esta lista não tem fim... Para que estes absurdos não aconteçam mais, precisamos com urgência reformular nossa consciência religiosa, o primeiro e o mais importante é: 

Assumir que é um UMBANDISTA!

 E o caminho mais coerente e mais verdadeiro que existe é o estudo, aprimorando o conhecimento, prática da leitura e participando de cursos ministrados por pessoas sérias e que realmente repassem o conhecimento, desmistificando e quebrando dogmas e principalmente mudando nossa postura perante a religião de Umbanda Sagrada.

 Na sociedade, ou seja, no meio em que vivemos estamos fechados no ostracismo, vamos com empenho e dedicação quebrar estas cascas e mostrarmos para o mundo em que vivemos que a nossa Umbanda é uma Religião e que está sendo amparada pelos Sagrados e Divinos Orixás. 

Cada umbandista é individualmente o seu templo vivo. 

Já lhe ocorreu que com essas atitudes preconceituosas que você está tendo, tudo está sendo visto pelo astral, pelos seus Pais e Mães Orixás, pelos guias espirituais, caboclos, preto-velho, baiano, boiadeiro, marinheiro, ciganos, crianças, exu, pomba-gira e exu-mirim?

 Irmão, pense bem, você está renegando o seu próprio dom mediúnico. Não tenha receio de mudar, de assumir, crescer, instruir-se, modificando e melhorando em seu próprio benefício perante o Criador, saiba que todas as religiões são criações que o nosso Pai Olorum nos permitiu, para que cada um cultue sua religiosidade da melhor maneira.

 Levante sua cabeça, tenha satisfação de encher seu peito de amor e dizer: EU SOU UMBANDISTA!

 Nós temos o direito garantido pela Constituição de cultuar, através de suas práticas ritual e litúrgica, livremente sem preconceitos sem descriminação, não tenha medo de perseguição religiosa, é seu direito escolher a Umbanda como sua religião. Vamos mudar agora, esse é o seu momento! Nossa religião possui seus próprios fundamentos, ela tem base e sua Hierarquia está em Olorum, abaixo dele estão suas Divindades Naturais, que através de fatores (essências) vêm sustentando tudo em sua criação. 

Os Sagrados Orixás são os administradores da criação, criados e gerados pelo Pai Olorum, exteriorizados para que tudo seja alcançado por suas vibrações multidimensionais, sustentando a tudo e a todos sem distinção; e cada Orixá traz uma qualidade, atributo e atribuição únicos e essenciais que vão se desdobrando em hierarquias, agregando outros fatores até chegarmos ao Orixá individual que você incorpora, e este Orixá cuidará da sua vida aqui no seu estágio humano de evolução.

 Através desta hierarquia que vem se desdobrando como um triângulo onde lá no topo está Olorum, e que os guias espirituais estão ligados a estas hierarquias reportando-se direta e indiretamente a um ou mais Orixás, e os guias de lei de Umbanda consagram-se a essas hierarquias para assumirem seus nomes simbólicos, enfim isto é só um exemplo para que você tenha uma noção de como a nossa Umbanda é vasta em conhecimento que estamos só no começo... 

Agora voltando ao assunto, se você tem dúvidas em relação a alguma dessas práticas litúrgicas descritas abaixo e não sabe para que servem, e nem sabe explicar para um leigo o que elas são, é natural que você se sinta constrangido, pois é difícil falarmos de algo que não conhecemos, procure seu dirigente espiritual para que ele lhe esclareça suas dúvidas e que lhe dê o que é seu de direito, sua religiosidade, mas se ele desconversar e ainda assim censurá-lo não lhe respondendo, então irmão você tem o direito de procurar o conhecimento em outro lugar, leia um bom livro, faça um bom curso e busque a evolução espiritual, pois só assim você poderá levar o conhecimento da Umbanda para outras pessoas.

 -defumação, -cantos, hinos e orações, -oferenda ritual, -vestimenta (roupa branca), -atabaques, -danças, -banhos, - amacis, -bater cabeça, -saldar o Congá, -saldar a tronqueira, -velas e suas cores, -palmas, -pés descalços. 

Abra seu coração e seu íntimo, e inunde seu templo vivo com sabedoria da nossa Umbanda Sagrada. 

Um abraço,
 Monica Berezutchi 



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