Trecho da obra "Maria Baiana e a Umbanda"
Maria Baiana e a Umbanda Nasci Maria da Conceição por devoção de meus pais carnais, que me criaram no Terreiro com muito axé e esmero. Desde o ventre, ouvia os sons da fé de acordes harmônicos que me embalavam, sons que me acompanharam pela vida que tive de deixar por conta de doença estranha ao entrar na fase adulta, antes de desabrochar como mulher. Meus pais e toda a comunidade sofreram com a minha partida, só eu não, apesar da saudade e de ter “deixado” noivo à beira do altar. Eu não sofri como eles estavam sofrendo. Eu entendi que essa era a minha hora e que não mais poderia me demorar, pois quando voltei para cá, para minha casa verdadeira, é que pude me sentir em paz. Fui recebida com muita alegria pelos meus que aqui estavam e por algumas entidades que muito eu respeitava como filha de santo e de pais de santo carnais. Ao encontrá-los, a emoção do abraço foi indescritível, eu estava muito feliz por voltar, porém, os que havia deixado sofriam demais. Foi lindo voltar! Eles me