Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?



Olá amigos!
O texto abaixo nos fala um pouco sobre o despertar da mediunidade.
Cada pessoa desperta, ou não, num determinado ponto da vida. Cada pessoa traz consigo um dom especifico e seu compromisso particular com a espiritualidade.
Fugir ao compromisso ou adia-lo indefinidamente, acarreta problemas de toda ordem na vida das pessoas, porém, a espiritualidade respeita a livre escolha de cada um, bem como seu tempo, limitações, etc.
Penso que mesmo os que, de alguma forma, tentam fugir ou adiar o compromisso, recebem auxilio e proteção para começarem, mesmo que tardiamente, a sua jornada que com certeza continuará ou no plano espiritual ou em próxima encarnação, portanto não há fuga, isso é ilusão.
Não cabe a nenhum de nós julgar pessoas, nem tampouco apontar-lhes o dedo dizendo que ela sofre por ser teimosa, preguiçosa, ou coisa que o valha, quando essa mesma pessoa vem a nós pedir um conselho ou desabafar suas dores.
Se sabemos, por alguma razão, que o motivo de todo o sofrimento dela está em sua negligencia espiritual, o nosso dever é tão somente o de alerta-la, ficando a seu critério a decisão de nos ouvir ou não e a nós caberá, portanto, apenas aceitar, com respeito, a escolha do outro sem nos alterarmos com isso e sem nos indignarmos com as limitações dos outros.
O médium que aceitou seu compromisso serve sempre sem exigir nada. Repete os mesmos conselhos quantas vezes se façam necessários sempre preservando seu coração de sentimentos menores como raiva, indignação, superioridade diante do outro que, por razões intimas suas, não consegue e nem tem força para seguir o caminho que lhe indicamos muitas vezes sem que façamos ideia de suas reais necessidades.
Bom seria se todos os chamados ao compromisso mediúnico o aceitassem e se rendessem ao trabalho imediatamente, porém, sabemos muito bem que não é assim que acontece e talvez, quem sabe, nem deveria ser assim uma vez que tudo, até a recusa, faz parte do extenso aprendizado da alma.

Anna Pon


Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?

Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo.

A prática do Espiritismo, como veremos mais adiante, demanda muito tato, para a inutilização das tramas dos Espíritos enganadores. Se estes iludem a homens feitos, claro é que a infância e a juventude mais expostas se acham a ser vítimas deles.

Sabe-se, além disso, que o recolhimento é uma condição sem a qual não se pode lidar com Espíritos sérios. As evocações feitas estouvadamente e por gracejo constituem verdadeira profanação, que facilita o acesso aos Espíritos zombeteiros, ou malfazejos.

Ora, não se podendo esperar de uma criança a gravidade necessária a semelhante ato, muito de temer é que ela faça disso um brinquedo, se ficar entregue a si mesma. Ainda nas condições mais favoráveis, é de desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes, que lhe ensinem, pelo exemplo, o respeito devido às almas dos que viveram no mundo. Por aí se vê que a questão de idade está subordinada às circunstâncias, assim de temperamento, como de caráter. Todavia, o que ressalta com clareza das respostas acima é que não se deve forçar o desenvolvimento dessas faculdades nas crianças, quando não é espontânea, e que, em todos os casos, se deve proceder com grande circunspeção, não convindo nem excitá-las, nem animá-las nas pessoas débeis. Do seu exercício cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as que apresentem sintomas, ainda que mínimos, de excentricidade nas ideias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há predisposição evidente para a loucura, que se pode manifestar por efeito de qualquer sobre-excitação. As ideias espíritas não têm, a esse respeito, maior influência do que outras, mas, vindo a loucura a declarar-se, tomará o caráter de preocupação dominante, como tomaria o caráter religioso, se a pessoa se entregasse em excesso às práticas de devoção, e a responsabilidade seria lançada ao Espiritismo. O que de melhor se tem a fazer com todo indivíduo que mostre tendência à ideia fixa é dar outra diretriz às suas preocupações, a fim de lhe proporcionar repouso aos órgãos enfraquecidos."

A maior parte dos centros possui evangelização infantil, passando os conhecimentos espirituais para os pequenos de forma suave, de acordo com a idade em que se encontra, acredito que essa é uma das melhores formas de prepará-los, além é claro do Evangelho no Lar.

Pessoas em idades avançadas também podem sentir o despertar de suas faculdades mediúnicas, isso não invalida o trabalho, não é mérito ou demérito. Não podemos julgar a vontade de nosso Pai e dos espíritos superiores, que sabem o exato momento que tudo deve acontecer.

Muitos médiuns evitam se dedicar ao trabalho por falarem que não tem tempo, o trabalho, os amigos, tudo tem prioridade e sempre pensão em um dia se dedicarem só que....

Você não sabe o tempo de vida que terá...

Você não sabe ao certo o tempo necessário para o início de sua tarefa mediúnica...

Muitas vezes, quando decidir iniciar o estudo e trabalho não lhe será mais permitido, porque já é época da colheita e você não plantou.

Não é você que escolhe a idade de iniciar o estudo e trabalho espiritual, Deus o chama e esse deve ser o momento de iniciar a preparação, pois quando estiver preparado ele o chamará novamente, só que agora para auxiliar os irmãos necessitados de Luz.

Intensidade

A intensidade com que a mediunidade se apresenta também varia de acordo com o médium.

Médiuns com aptidão para psicofonia (incorporação) geralmente “sentem” de forma mais agressiva o contato espiritual, porque muitas vezes espíritos inferiores se aproximam quando sua mediunidade aflora.

Isso não quer dizer que o(s) espírito(s) protetor(es) e mentor(es) do médium não estejam próximos, muitas vezes eles tentam de forma suave fazer o médium despertar para sua sensibilidade, porém.... pelo medo (alguns tem pavor) ou vergonha eles não aceitam a aproximação.

Os espíritos superiores então se afastam, não como castigo e sim por afinidade. Os espíritos inferiores se aproximam e acabam "acordando" o médium de forma mais agressiva.

Não devemos pensar nisso como um castigo, simplesmente o médium tem um canal de contato espiritual, se não existe um espírito superior protegendo esse canal os espíritos inferiores passam a utilizá-lo, é simples, podemos comparar a uma casa abandonada.

O médium se comprometeu antes de encarnar a realizar uma tarefa e para realizá-la ele recebeu uma "hiper sensibilização" nos canais de contato com o mundo espiritual (chakras).

O médium tem então uma "porta", que será utilizada pelos instrutores espirituais para auxiliar os encarnados ou espíritos sofredores. Essa porta precisa ser protegida, pois pode também ser utilizada por espíritos inferiores que subjugariam o médium e o fariam de marionete para os seus desejos egoístas e mesquinhos.

Por esse motivo um médium com compromissos espirituais sempre encarna sob a tutela de um ou mais mentores, ou seja, espíritos de luz que se comprometem a protegê-lo e prepará-lo para sua tarefa.

Embora a misericórdia de Deus seja infinita e a dedicação dos guias e mentores seja imensa, o médium precisa fazer sua parte, estudando, moldando seu caráter e atingindo o equilíbrio emocional necessário.

Quando se aproxima o momento da preparação do médium, os guias começam a chamá-lo, de forma suave, encaminhando-o para lugares e pessoas que auxiliarão na formação de sua base espiritual.

Se o médium não aceita os chamados “suaves” do mentor então ele se afasta, porque não lhe é mais permitido interceder pelo médium, já que não mais lhe interessa trabalhar com o plano espiritual QUE ELE MESMO SOLICITOU ANTES DE ENCARNAR.

O médium se torna alvo de espíritos trevosos, mas o mentor não o abandona, embora tenha que esperar que ele “acorde” e que realmente deseje mudar sua conduta para então se reaproximar.

Porém, o médium pode continuar avesso ao contato espiritual, fugindo durante toda sua encarnação das responsabilidades assumidas. É muito improvável que esse irmão consiga ter uma vida tranquila, pois sua “porta” para o mundo espiritual será povoada de espíritos inferiores que farão de tudo para vampirizá-lo. Ele provavelmente terá muitos desequilíbrios emocionais e contrairá doenças pelo déficit de vitalidade, já que compartilhará sua energia com os obsessores.

Muitos médiuns que estão lendo o artigo pensam assim: - Eu não lembro de que forma suave meu mentor me chamou... Pois bem, as formas suaves podem ser um conselho, um convite de um amigo, uma palestra, um livro espírita ou espiritualista que uma pessoa próxima está lendo e oferece a você, uma conversa sobre mediunidade entre pessoas próximas, você passar em frente ao centro espírita justo na hora que está começando uma palestra e "acidentalmente" encontrar um amigo(a) entrando, e outras inúmeros formas "suaves" de chamar sua atenção.

A intensidade que a mediunidade aflora, bem como o nível de proteção que você recebe do seu mentor estão muitas vezes ligados a comprometimentos com vidas anteriores.

Alguns médiuns já tentaram outras vezes a tarefa mediúnica e falharam, alguns a negaram ou a utilizaram de forma mercenária. Podem também existir comprometimentos por causa de um suicídio (Yvone A. Pereira é um exemplo) e por isso sofrem com a mediunidade, mesmo sendo ela trabalhada para o bem do próximo.

Se você pensar .... Ah... já que vou sofrer mesmo então não vou estudar e me dedicar tanto.... Engano seu... porque se já é difícil para esses médiuns trabalhando, nem imagine como seria se eles negassem a mediunidade. Lembre-se, os médiuns que estão nesse grupo são reincidentes, podemos compará-los a infratores que são levados a julgamento pela segunda vez, o juiz com certeza terá mais rigor ao aplicar a sentença, já que existem agravantes.

A importância da Tarefa Espiritual do Médium

Se o médium antes de encarnar se compromete com muitos espíritos encarnados e desencarnados então fica muito difícil dele fugir da sua tarefa, porque de forma mais acentuada será chamado pelos mentores. Os espíritos trevosos o perseguirão também, fazendo de tudo para obsediá-lo e subjugá-lo, já que reconhecem nele grande potencial para ajudar os sofredores (para eles ajudar o próximo é igual a atrapalhar).

Alguns médiuns chegam ao fundo do poço, fugindo de qualquer forma da sua mediunidade, seja por causa do orgulho, medo ou vergonha, contudo, quando aceitam a verdade, recebem cedo ou tarde a mensagem de consolo do plano espiritual, informando sobre o seu comprometimento.

Tudo Isso não impede que o médium rejeite o trabalho, os espíritos superiores sempre deixam a seu cargo a decisão final, o livre arbítrio não pode ser ferido. O empenho da espiritualidade é no sentido de INFORMAR ao médium de forma bem clara sobre o seu potencial e também o compromisso que o acompanha.

O médium não deve ficar pensando na importância do seu trabalho espiritual ou qual será sua notoriedade, porque muitos serão trabalhadores simples e anônimos que formarão a base para divulgação da mensagem de Jesus seja por todo o planeta.

Poucos aparecerão para o mundo, porém todos são importantes para a obra de Deus. Retiramos uma oportuna mensagem de Emmanuel, escrita por Chico Xavier:

“Há diversidade de dons espirituais, mas a Espiritualidade é a mesma.
Há diversidade de ministérios, mas é o mesmo Senhor que a todos administra.
Há diversidade de operações para o bem; todavia, é a mesma Lei de Deus que tudo opera em todos.
A manifestação espiritual, porém, é distribuída a cada um para o que for útil".

Assim é que a um, pelo espírito, é dada a palavra da sabedoria divina e a outro, pelo mesmo espírito, a palavra da ciência humana.

A outro é confiado o serviço da fé e a outro o dom de curar.

A outro é concedida a produção de fenômenos, a outro a profecia, a outro a faculdade de discernir os Espíritos, a outro a variedade das línguas e ainda a outro a interpretação dessas mesmas línguas.

No entanto, o mesmo poder espiritual realiza todas essas coisas, repartindo os seus recursos particularmente a cada um, como julgue necessário."

Quem analise despreocupadamente o texto acima, decerto julgará estar lendo moderno autor espírita, definindo o problema da mediunidade; contudo, as afirmações que transcrevemos saíram do punho do apóstolo Paulo, há dezenove séculos, e constam no capítulo doze de sua primeira carta aos coríntios.

Como é fácil de ver, a consonância entre o Espiritismo e o Cristianismo ressalta, perfeita, em cada estudo correto que se efetue, compreendendo-se na mensagem de Allan Kardec a chave de elucidações mais amplas dos ensinos de Jesus e dos seus continuadores.

Cada médium é mobilizado na obra do bem, conforme as possibilidades de que dispõe.

Esse orienta, outro esclarece; esse fala, outro escreve; esse ora, outro alivia.

Em mediunidade, portanto, não te dês à preocupação de admirar ou provocar admiração.

Procuremos, acima de tudo, em favor de nós mesmos, o privilégio de aprender e o lugar de servir."

Fonte: Grupo Pas


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Comentários

  1. Disseram q nao posso mais exercer a psicofonia mediunica pq tenho 70 anos. Onde encontrar esta afirmação na literatura espirita??

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    1. Olá. Nunca li nada sobre limite de idade para exercer a mediunidade seja ela de que tipo for. Verifique a procedência da informação, parece equivocada.

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