Nariz empinado
É, de fato, muito interessante, cruzar na rua com alguém que se mostra, em algumas circunstâncias, espiritualizado, e quando te vê, não te enxerga, passando batido como quem passa por mais uma vitrine sem graça. Deve ser porque o ser, em questão, seja um mero buscador da condição que espiritualiza o ser humano. Deve ser, mas acho até engraçado porque a pessoa faz um esforço tremendo para fazer de conta que não te viu, porém, a gente sabe que viu. Chega a ser cômica a situação. A pessoa, nessas horas, empina tanto o nariz como fosse superior em busca do melhor ar, aquele só a ela, ser especial como se sente, reservado. É muito engraçado! A gente pensa, nesses momentos: - Nossa! Que pessoa metida a besta, fingiu que nem me viu, credo! Também grande coisa, que se... Realmente, se não pensamos exatamente assim, é claro que pensamos alguma coisa e, esse nosso pensar, pode trazer consigo, um súbito mal estar causado pela indiferença do outro que, apesar de nos ter visto, fingiu que não viu