Linhas de Trabalho na Umbanda – Caboclo –








Linhas de Trabalho na Umbanda – Caboclo –


Quem é o Caboclo?

O que o Caboclo representa para a religião de Umbanda?

 O que significa?

Por que nós temos uma linha de trabalho chamada linha dos Caboclos na Umbanda?
E dentro da Umbanda a linha de Caboclo é a linha mais expressiva, a mais presente, a mais forte, a mais significativa junto com a linha de Preto Velho.

 Poderíamos dizer que as duas linhas mais fortes são: de Caboclo e Preto Velho e na maioria das regiões do Brasil, a linha de Caboclo tem se mostrado como a linha mais forte, mais determinante, mais incisiva, mais presente, mais significativa, seguida pela linha de Preto Velho.

Podemos inclusive trazer o contexto histórico, vamos voltar até a história de Zélio de Moraes e do Caboclo das Sete Encruzilhadas, vamos voltar até que todos tenham isso “de cor”, na “ponta da língua”, a primeira manifestação de Umbanda foi no dia 15 de novembro de 1908, Zélio de Moraes incorpora um espírito e ao ser questionado: “Quem é você?”, ele responde: “Se eu preciso ter um nome, me chame Caboclo das Sete Encruzilhadas”.

 Caboclo das Sete Encruzilhadas, não é um nome da sua identidade, é um nome simbólico.

 E Caboclo?

 Qual é o simbolismo em si de Caboclo?

O que quer dizer Caboclo?

Quando alguém diz: “Eu sou um caboclo”, o que ele está querendo dizer com isso: eu sou um caboclo? Então, vamos a palavra: caboclo. O que quer dizer caboclo? Na cultura Brasileira, na língua portuguesa, qual a terminologia da palavra caboclo?

Quer dizer: simples. Caboclo é isso: é um homem simples. Quando uma entidade, um espírito diz que é um Caboclo, isso tem sido considerado sinônimo de índio, mas Caboclo não é sinônimo de índio. Quando alguém perguntou para aquela entidade: quem é você?
 Ele não respondeu: eu sou o índio Sete Encruzilhadas, ele respondeu: “Eu sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas”.

Há uma diferença entre ser caboclo e ser índio porque um índio pode ser um caboclo, mas um caboclo não é necessariamente, nem obrigatoriamente um índio.

No entanto, para a Umbanda, quase todos os Caboclos tem se apresentado como índios.

 Todo Caboclo é índio?

 Não necessariamente.

Nem todo Caboclo é índio e nem todo Caboclo foi um índio ou teve uma encarnação como índio, os espíritos que se manifestam como Caboclo em sua grande maioria traz um pouco de sua cultura nativa, dessa cultura do índio, mas não necessariamente eles foram índios.

 Mesmo que não tenha sido índio, ele pode querer se apresentar como índio, essa é a liberdade que a Umbanda dá, isso se chama linha de trabalho, forma de apresentação, hierarquia, aquele espírito assume uma forma plasmada, ele se assenta numa hierarquia, se você tem tantos Caboclos Pena Branca, então um deles é o primeiro Pena Branca, o hierarca Pena Branca, aquele que é o dono do nome, o responsável pelo nome, aquele que em algum dia se identificou com aquele mistério Pena Branca.

No caso de Pena Branca existe a história de um índio e foi chamado e identificado, existiu um índio Pena Branca, a gente tem um histórico desse índio num texto do Edmundo Pelizari.

Existe o índio Pena Branca, existiu o índio Ubirajara, existe na história, na literatura Brasileira de José de Alencar está Ubirajara, a história de Ubirajara.

Urubatão é nome praticamente de um mito indígena, de um herói indígena. Agora, quando você fala Caboclo Tupã, Tupã é o nome da divindade, da deidade, não para todas as tribos Tupis Guaranis, para alguns Tupã era uma das divindades, para outros Tupã era uma referência a uma força: ao trovão.

Quando o Caboclo dá o nome de Tupã, quer dizer que ele está fazendo uma referência a uma força, a uma energia, diz respeito a qual linha que ele está trabalhando, então quem é ele? Ele é um Caboclo. Você sabe quem é o Caboclo? Não, você não sabe quem é o Caboclo, você só sabe o que ele está querendo lhe apresentar, o que ele está querendo lhe mostrar.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas foi Frei Gabriel de Malagrida – Frei Gabriel de Malagrida foi um intelectual, foi um homem de cultura europeia - no entanto, ele prefere se apresentar como Caboclo, diz que foi índio e se apresenta como Caboclo, como homem simples. Por que apresentar-se como Caboclo das Sete Encruzilhadas? Para que não haja o culto a personalidade, para que não haja o culto ao ego se apresenta como caboclo, como homem simples.

Nós podemos nos lembrar que isso aconteceu numa sessão Espírita em que ali os médiuns estavam incorporando espíritos de índios, espíritos de negros e o dirigente da sessão estava convidando esses espíritos a se retirarem porque eles não tinham o mesmo nível de cultura, de informação, de sabedoria, eles não eram doutores, não eram filósofos, então há uma confusão entre bondade e cultura.

Um homem pode ser extremamente culto, intelectual, ter muito conhecimento e não ser um homem bom. E às vezes a pessoa simples, a pessoa que não teve muito acesso a cultura, muitas vezes se sente intimidada quando está diante de alguém que se apresenta cheio de conhecimento, de cultura, de informação porque é comum no dia-a-dia as pessoas que adquirem muito conhecimento, assumirem uma postura de arrogância, então aquele que já se apresenta dessa forma de certa maneira cria certo acanhamento na pessoa que é simples.

Apresentar-se como pessoa simples, é isso que o Caboclo pretende: apresentar-se como uma pessoa simples, faz com que os outros simples e humildes consigam conversar e estabelecer uma relação na mesma altura, no mesmo nível.

Nos textos de Leal de Souza que é o primeiro escritor de Umbanda, que foi médium, intelectual, escritor que na época de Zélio de Moraes frequentou o Espiritismo, era um expositor, um médium falante que dava palestras, que ensinava a doutrina Espírita, que ao conhecer a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e Zélio de Moraes se torna Umbandista.

Leal de Souza, o autor do primeiro livro de Umbanda, que se chama: O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda, ali no primeiro livro de Umbanda ele fala sobre o Caboclo das Sete Encruzilhadas e ele diz que o Caboclo das Sete Encruzilhadas se comunica de uma forma simples e humilde com os humildes e se comunica de uma forma mais intelectualizada com as pessoas que são intelectualizadas.

Apresentar-se de uma forma humilde ou comunicar-se de forma humilde é uma opção e não uma falta de opção para os Caboclos, que isso fique muito claro.

 O Caboclo não é - ele pode ser - mas ele não é sinônimo de bugre, não é sinônimo de ignorância, não é sinônimo de falta de conhecimento, não é sinônimo de espírito atrasado e nem o índio é sinônimo de espírito atrasado, nem de falta de cultura.

O índio tem outra cultura, o índio tem uma cultura diferente, isso não é falta de cultura. Isso quer dizer que ele tem a cultura dele, que não é a cultura do europeu, que não é a cultura do branco, diz a cultura do homem vermelho, a cultura do índio.

E dentro da cultura do índio nós temos a cultura do índio Tupi, a cultura do índio Guarani, a cultura do índio Karirri, a cultura do índio Xavante, a cultura do índio Xocó, a cultura do índio Tupinambá, a cultura do índio Aymoré, a cultura do índio Brasileiro, a cultura do índio norte-americano, a cultura indígena antiga. E há uma ligação entre essa cultura e a cultura dos Maias, a cultura dos Astecas, as culturas aborígenes em torno do mundo, as culturas naturais, as culturas nativas, as culturas que louvam, que cultuam, que adoram, que amam e vivem em harmonia com a natureza.

Caboclo tem uma mensagem relacionada a essa outra forma de ver o mundo, essa outra forma de ver a vida, aquele que é caboclo traz uma mensagem de simplicidade, de ver a vida com simplicidade, de relacionar-se com simplicidade na vida.

Há uma mensagem implícita na presença do Caboclo, ser Caboclo representa alguma coisa dentro da Umbanda, ser Caboclo representa, na Umbanda, um conjunto de valores, uma forma de expressar-se, uma maneira de ser, que vai muito ao encontro da cultura indígena - mas não apenas da cultura indígena, mas não apenas da cultura indígena Brasileira – vai ao encontro da natureza, das forças da natureza, da simplicidade do ser e da força que isso pode representar.

Quando o Caboclo se apresenta como Aymoré, não necessariamente ele foi um índio que teve por batismo esse nome, ele se apresenta como Tupinambá, Tupinambá foi um tronco cultural e linguístico, não foi um índio. Ele pode se apresentar como Caboclo Guarani, Ubirajara, Icaraí, Guaraci, Caboclo Jurema – Jurema é o nome de uma árvore, jurema é o nome da bebida que se faz com a árvore, jurema é o nome de um ritual, jurema é o nome da mãe, a divindade que habita aquela árvore.

Existe jurema branca, jurema vermelha, jurema preta – e a Cabocla Jurema? Cabocla Jurema é alguém que traz essa força, essa energia, o seu nome é simbólico.

Quantas Caboclas Juremas existem?

Muitas Caboclas Juremas, isso é hierarquia, isso é o simbolismo e quando eu digo Caboclo eu quero dizer: Caboclo e Cabocla, que se entenda bem, Caboclos e Caboclas e não são apenas índios e índias, mas que representam uma cultura, uma força, um conjunto de valores, o Caboclo traz para nós esse conjunto de valores.

Quando o Caboclo se coloca como um homem simples, e é esse um dos objetivos, a pessoa simples se sente a vontade e a pessoa arrogante, a pessoa soberba, a pessoa preconceituosa, esta pessoa vai precisar baixar um pouquinho o seu ego, essa pessoa vai ter que “descer do tamanco” e essa pessoa preconceituosa, arrogante, soberba, vai aprender a pedir a benção para o Caboclo, tomar-lhe a mão, beijar a mão e pedir a benção meu Pai porque é esse Caboclo, esse simples que vai lhe ajudar, que vai cortar as demandas, que vai limpar, que vai purificar, que vai dar uma força, que vai dar uma energia, que vai ganhar a sua confiança, o seu amor, a sua fé e que vai transformar essa pessoa em alguém menos arrogante, alguém menos egocêntrico, alguém menos vaidoso, alguém menos soberbo porque agora ele começa a ver que também o Caboclo é uma imagem na qual se espelhar, também o Caboclo é naquele momento, um objetivo de vida, também é representante de um conjunto de valores, de novos valores, representa uma mudança de paradigma, o Caboclo é um exemplo de virtudes, exemplo de valores e ali o consulente seja quem for vai aprender a respeitar o diferente.

A Umbanda, de uma forma subjetiva, ensina o respeito ao diferente porque se o Caboclo está ali como homem simples e na maioria das vezes como um índio, você está aprendendo a respeitar essa cultura diferente, você está aprendendo a respeitar o homem vermelho, você está aprendendo a ser como ele, a adquirir essa humildade e pra aqueles que se acham muito sabidos, mas que na verdade são ignorantes porque ignoram a cultura do outro, que pensam que o índio é sem cultura, que na verdade ele é apenas de uma cultura diferente, que busquem mais informação sobre os valores dessa cultura.

A Umbanda nos chama para incorporar o Caboclo, mas não apenas para incorporar o Caboclo, a Umbanda nos chama para incorporar os valores do Caboclo, nós temos na Umbanda uma religião mediúnica, na qual a principal forma de mediunidade é a mediunidade de incorporação. A Umbanda é uma religião de transe mediúnico, a Umbanda é uma religião de possessão, a Umbanda é uma religião na qual em estados alterados de consciência, pelo transe mediúnico, unicamente pelo transe mediúnico nós ficamos tomados, possuídos, incorporados, manifestados de entidades que se apresentam em arquétipos.

Não importa qual Caboclo você trabalha, ele traz um conjunto de valores incomum para todos os Caboclos e a Umbanda lhe chama não apenas para incorporar esse Caboclo, mas para incorporar os valores desse Caboclo para sua vida, a Umbanda lhe chama pra você operar um crescimento espiritual a partir dos valores do Caboclo, do Preto Velho, da criança, do baiano, do Boiadeiro, do Marinheiro, do Cigano, do Exu, da Pombagira, a Umbanda lhe chama a respeitar o diferente, pedir a benção para o Caboclo aqui, pedir a benção para o Preto Velho ali, dar a benção pra criança, aprender o respeito e o amor pelo Exu, pela Pombagira, respeitar uma mulher incorporada de Exu, um homem incorporado de Pombagira, respeitar e entender a manifestação espiritual: feminina no masculino, masculino no feminino, o diferente, os valores diferentes, as diferentes formas de olhar para a vida.

O Caboclo traz esses valores relacionados à natureza, à simplicidade e o Caboclo representa também a força, o Caboclo é sinônimo do homem forte, do guerreiro, do líder, então quando você incorpora o Caboclo, naquele momento, você – como somos mais de 90% dos médiuns de Umbanda são semiconscientes e aqueles que são inconscientes também estão aprendendo de forma inconsciente – então, ao incorporar o Caboclo se nós
estivermos de mente e coração abertos, estaremos incorporando os valores do Caboclo, estamos nos “encaboclando”, nos “empoderando” no mistério do Caboclo, estamos nos tornando pessoas melhores.

Falar sobre Caboclo é algo que mexe profundamente com a gente, todos nós temos experiências incríveis com Caboclo, com Preto Velho, com Baiano, com Boiadeiro e cada um deles nos marcam de uma forma diferente, às vezes nem pelo que disse ou pelo que fez, mas pelo que a gente sente quando está na presença de um Caboclo, isso é algo que eu posso falar, mas que é impossível de transmitir a experiência do convívio diário ou convívio esporádico com Caboclo dentro da religião de Umbanda.


 E há algo que a gente chama de mistério Caboclo, já que Caboclo é um grau, os espíritos que se manifestam como Caboclos na Umbanda têm um grau conquistado. No livro: Guardião da Meia Noite, pai Benedito de Aruanda diz que a linha dos Caboclos é uma homenagem àqueles que foram os donos dessa terra, a linha dos Pretos Velhos é uma homenagem àqueles que foram trazidos a essa terra como escravos, então há uma homenagem. No entanto, há também um fato, espíritos iluminados encarnam em todas as culturas, não importa em qual cultura você está, existem ali espíritos iluminados no histórico daquela cultura.

Houve espíritos iluminados encarnados entre os índios, espíritos iluminados encarnados entre os negros Africanos e aqueles que foram trazidos para cá como escravos, houve espíritos iluminados entre os Europeus também, não se generaliza um povo como gente boa ou gente ruim, isso não existe, gente boa e gente ruim têm em todo lugar.

Houve um contexto histórico aqui nesse país que é o da descoberta das Américas, o contexto histórico do Europeu conquistando as Américas, o contexto histórico do Europeu dizimando os índios, nós temos aí um campo vasto de história que conta como que isso aconteceu, geralmente conta a partir do olhar do conquistador – recomendo um livro e um filme chamado: Enterrem o meu coração na curva do rio, e existe um livro que é a visão do índio norte americano sobre a colonização e a conquista porque nos filmes americanos você vê sempre o mocinho que é o herói, que é o da cavalaria e o índio é bandidão que está matando todo mundo, então essa é a visão do índio, é linda. E lá mostra esse processo de compra de terra, mostra as resistências indígenas norte americanas e mostra lá vários índios que se tornaram heróis como o Touro Sentado que foi um símbolo de resistência indígena, de resistência dos valores indígenas, de não se entregar, de manter a terra.

Homens como ele e tantos outros anônimos foram espíritos iluminados que encarnaram naquela época com a missão de conduzir o seu povo no momento de sofrimento. Houve outros que encarnaram nas três Américas e havia no histórico da cultura indígena de todas as tribos também, uma cultura espiritual e religiosa aos antepassados que foram heróis, houve nas tribos e nas culturas indígenas assim como em todas as outras, um histórico de líderes espirituais, de heróis, de pajés, de caciques, de homens e mulheres, de grande louvor, de grande honra, de grande hombridade, de muita luz, mestres da humanidade.

Quando nós falamos de mestres da humanidade, eles estiveram entre os índios e continuavam conduzindo seu povo do plano astral, houve naquele momento de sofrimento de dor, de dizimação, os índios foram dizimados dessa Terra, espíritos missionários que encarnaram no meio daquilo tudo pra manter, tentar manter certa qualidade de vida no meio daquele sofrimento todo.

Muitos índios de muita luz desencarnaram nesse processo de colonização e dentro desse processo, esses espíritos mais altruístas, mais elevados, ascensionados, iluminados, que desencarnaram nesse processo de colonização, no astral eles continuaram ajudando o seu povo, mas ajudando a todos, não apenas o seu povo e eles fazem parte desse astral, das egrégoras de espíritos que encarnam no Brasil.

E houve o encontro do índio com o negro, com o branco, houve o encontro de culturas no astral, houve ali o encontro de algumas almas iluminadas que tiveram sim, a última encarnação como índios junto com outros iluminados que tiveram a última encarnação como escravos no Brasil. E desse encontro, não apenas, mas também por meio desse encontro, se faz a organização de linhas, falanges e espíritos que viriam a trabalhar na Umbanda, nesse encontro estão aqueles espíritos que vão dar o início, a alavanca, a concretização da Umbanda, a realização, a organização da Umbanda no astral e na matéria, espíritos que foram índios, foram negros escravos, mas que também foram grande intelectuais, grandes mestres, mentores, iluminados e que ser índio na última encarnação não quer dizer nada porque em cada encarnação você nasce num lugar diferente, de uma forma diferente.

Espíritos iluminados que tem a consciência de várias encarnações, mas que tem a condição de trazer o valor dessa cultura, daquela cultura, daquela outra e que tem por meio do contato com a espiritualidade superior, por uma ordem do astral, por uma ordenação do alto receberam a missão de criar uma nova religião: a Umbanda, que faz uma homenagem aos índios, faz uma homenagem aos negros, faz uma homenagem aos Caboclos e que tem entre muitos dos iluminados dessa cultura indígena, entidades que fizeram parte da criação e fazem parte da religião de Umbanda entre os negros escravos, muitos iluminados, fizeram parte da criação da Umbanda, fazem parte das linhas de Umbanda, mas também entre os Europeus, gente de tudo quanto é cultura está na Umbanda, na linha de Caboclo, não tem apenas espíritos ligados à cultura indígena, não tem apenas da cultura indígena Brasileira, inclusive há nomes como Caboclo Pele Vermelha, o Caboclo Águia Branca, o Caboclo Pantera Negra, são Caboclos que no astral estão relacionados à cultura indígena norte americana.

Há linhas dentro da Umbanda, como a linha de Sultão das Matas, Caboclo Sultão. O que é um sultão? É uma referência a uma cultura Árabe, um Caboclo Sultão das Matas – matas pertencem à Oxóssi, mas essa linha de Caboclo Sultão das Matas é uma linha que traz espíritos que tem origem numa outra cultura que não é a cultura indígena. Há Caboclo Maia, Caboclo Inca, há Caboclo de culturas mortas, espíritos de culturas que acabaram como dos Incas, dos Maias, dos Astecas, dos Egípcios, espíritos de culturas mortas, mas que foram riquíssimas com relação aos seus valores, ao culto e a relação com a natureza, as linhas de Caboclo tem condição de resgatar grupos de espíritos de outras culturas, de culturas antiquíssimas e não apenas à cultura indígena, mas que se adaptam a uma linguagem de Umbanda.

Esses espíritos, eles vão adotar uma linguagem Umbandista, eles vão se adaptar ao contexto da religião e daquele Terreiro que eles fazem parte, então preste atenção nisso:

 Pense comigo: vamos supor um índio da tribo Tupi que desencarnou e veio trabalhar como Caboclo – quando ele era vivo a língua que ele falava era o Tupi e ali dentro ele tinha um culto às divindades Tupi, então ali havia o culto à mãe d´água, a mãe do mar, a mãe do rio, a lua, ao sol, a Iandeci, Ianderu, a Jaci, um culto à Tupã e agora se você considerar que esse índio é o Caboclo,
observe a linguagem, por mais enrolado que ele fale, ele fala em língua portuguesa, por mais que ele faça referência a uma cultura da natureza indígena, ele está lhe orientando para: acender vela e rezar para Oxóssi, para Ogum, pra Xangô - “Espera aí, o Caboclo não é índio? Ele está recomendando acender vela para os orixás da cultura Africana? Ele está falando de Jesus Cristo? Mas, ele é um índio que foi Catequizado”. Não. Ele é um Caboclo independente dele ter sido índio ou não, ele traz valores dessa cultura da natureza e ele assume uma linguagem Umbandista que o Caboclo, o Preto Velho, o Baiano, o Boiadeiro falam a mesma linguagem, nos trazem para o culto aos mesmos Orixás que são as mesmas divindades.

Há uma cultura de Umbanda, uma cultura Brasileira, um jeito Umbandista de lidar com a espiritualidade e a religião, o Caboclo assume esse jeito, assume essa cultura, independente de quem ele foi na última encarnação. E tenha sido ele índio ou não, a maioria dos Caboclos se lembram e conhecem muitas das suas encarnações e não apenas a última, então ser Caboclo é uma opção.

Caboclo é um grau, dizemos que é um grau e esse grau envolve um mistério, o mistério relativo, pertinente ao grau Caboclo. O que quer dizer um grau? Quer dizer que para alguém se manifestar como Caboclo na Umbanda, ele tem que ter conquistado esse grau, ele tem que ter certa hierarquia espiritual, uma estatura espiritual, não baste querer: “Ah eu sou um espírito e como você quer vir na Umbanda?”, “Ah eu quero vir como Caboclo porque eu acho bonitinho”, não é assim. É um grau conquistado, então no astral há algo como numa escola, algo como uma fraternidade, uma congregação, algo como pertinente a esse grupo que se identifica como Caboclo.

Os Caboclos, aqueles que criaram as linhas, que fundaram as linhas, esses Caboclos vão recebendo espíritos para trabalhar junto com ele, quando um Caboclo Pena Branca recebe espíritos para trabalhar junto com eles, esses espíritos assumem o nome Pena Branca, formam grupos de espíritos que trabalham em nome do mistério Pena Branca, do mistério Caboclo e do mistério Pena Branca. Caboclo é um mistério de Oxóssi, por isso que os Caboclos trabalham com as forças das matas, com as forças das ervas, com a cor verde, com guias verdes, pedem oferendas com frutas e elementos que são elementos de Oxóssi e daí a relação de Caboclos com Oxóssi que é considerado: o caçador.

Todos os Caboclos têm algo de Oxóssi porque Caboclo é o mistério de Oxóssi, todos os Caboclos têm algo de caçador, de forte, de líder. Agora, mistério Caboclo é mistério de Oxóssi, mas temos Caboclos de Oxalá, Caboclos de Oxum, Caboclos de Oxóssi, Caboclo de Xangô, Caboclo de Nanã, de Yemanjá e isso é revelado pelo simbolismo do nome dos Caboclos, é um grau que se conquista dentro de uma hierarquia, pra alguém se manifestar como Caboclo da Pedra Preta, ele tem que fazer parte da hierarquia daquele que é o primeiro Pedra Preta, o hierarca Pedra Preta, do Caboclo Pedra Preta, então todos vão trabalhar em nome dele, aquele hierarca Pedra Preta.

 Então, são quantos?

Milhares que trabalham sob o mesmo nome, sob a mesma hierarquia.

Quando acontece algo a um Tupinambá, todos Tupinambá estão sabendo; quando um Caboclo Tupã está trabalhando, ele está ligado a milhares e milhares de Caboclos que carregam o nome Caboclo Tupã; quando o Caboclo Ubirajara está realizando algo ele está ligado a todos os outros Caboclos Ubirajaras, então é uma falange, uma hierarquia, que tem graus dentro da hierarquia.

O hierarca abaixo dele aqueles que estão tomando conta do trabalho dos Tupinambás, dos Aymorés, dos Fecha Dourada, dos Fechas Ligeiras, dos Fechas Brancas, Fecha Vermelha, Fecha..., isso é hierarquia, em que o nome revela, Caboclo já e o mistério de Oxóssi.

Se o nome dele é um nome em Tupi Guarani como esses que a gente vem falando aqui: Urubatão, Ubirajara, Aymoré, Icarí, Caboclo Tupinambá, Tupã, já tem algo que tem a mais de Oxóssi por estar dando nome na língua Tupi ou Tupi Guarani ou alguma outra língua indígena, agora, quando o nome dele é Caboclo Sete Montanhas, de quem é esse Caboclo? Em qual vibração ele trabalha? Montanhas são de Xangô, então Caboclo Montanha é Caboclo de Xangô, Caboclo Sete Montanhas é um Caboclo de Xangô trabalhando com as sete linhas. Caboclo Pena Branca: pena é de Oxóssi, branca é de Oxalá. Caboclo Pena Vermelha: pena é de Oxóssi, vermelha é de Ogum; Pena Marrom: pena é de Oxóssi, marrom é de Xangô; Pena Roxa: pena de Oxóssi, Roxa de Omulu.

Caboclo Pedra Branca, Pedra Amarela, Pedra Vermelha, Pedra Azul, Pedra Roxa, as pedras são minerais, são de Oxum, pedra é de Oxum. Agora, são muito conhecidos os Caboclos Pedra Preta de Xangô, Pedra Preta da Pedreira.

Muitas vezes a gente não tem o nome completo do Caboclo, ele pode ser Caboclo Sete Montanhas da Praia, Caboclo Fecha Ligeira dos Rios e você só tem o primeiro nome, então o primeiro nome desse Caboclo revela na vibração que ele trabalha, mas não apenas essa porque muita gente trabalha com seu Caboclo Pedra Preta que é um Caboclo de Xangô, o nome Pedra Preta diz: pedra de Oxum, preta de Omulu. Mas, Pedra Preta das Montanhas, Pedra Preta de Xangô, há de se interpretar o nome, há de interpretar os nomes dos Caboclos.

As flechas são de Oxóssi e de Yansã, de Yansã porque a flecha dá também a direção. Quando o nome do Caboclo está em Tupi Guarani tem que traduzir, Ubirajara: quer dizer o atirador de lança – lanças são de Ogum.

Assim funciona a interpretação dos nomes, Caboclos das Matas de Oxóssi, Caboclo mata Virgem, virgem revela pureza que está ligada a Oxalá e pode ter uma ligação com a virgindade de Maria, a virgem imaculada, a Nossa Senhora da Conceição, Caboclo da Mata Virgem: mata - Oxóssi, virgindade/ pureza – Oxalá e se trouxer essa relação pertinente a Maria Nossa Senhora da Conceição, mãe de Jesus, a sua virgindade a esse conceito, então também terá o Mistério de Oxum, Caboclo da Mata Escura: escura/ escuridão é de Omulu, Caboclo Águia Branca, os pássaros são de Oxalá, branco também é de Oxalá, Caboclo Fecha Ligeira: ligeira é de Yansã, aquilo que é rápido, que é veloz.

Alguns Caboclos têm nomes de animais como, por exemplo, Caboclo da Cobra Coral: cobra está relacionado a Oxumaré, coral é uma cobra que traz as cores: vermelho, branco, amarelo e preto – vermelho de Ogum, branco Oxalá, amarelo Yansã e preto Omulu, então Caboclo Cobra Coral tem o mistério de Oxumaré com todos esses outros mistérios. Caboclo Araribóia, araribóia é uma cobra, então está no mistério de Oxumaré.

A gente teria que traduzir a palavra araribóia pra saber o que mais esse Caboclo tem de mistério.

Caboclo Ventania, a ventania é de Yansã. Caboclo do Raio: de Xangô, de Yansã; Caboclo Giramundo: o mundo é de Oxalá, o que faz o mundo girar? O tempo – de Logunan e girar em círculos é de Yansã, então essas são as maneiras de interpretar os nomes dos Caboclos, Caboclo é um grau dentro desse grau cada linha e Caboclo trabalha dentro de um mistério, dentro de um campo.

Isso é uma ciência, é uma técnica, é uma maneira de conhecer e interpretar, temos Caboclos de todos os Orixás, Caboclo Treme Terra é de Obá, Caboclo das Cachoeiras, Caboclos das Quedas, Caboclo dos Rios, Caboclo da Cachoeira Verde, da Cachoeira Amarela, da Cachoeira Dourada, da Montanha Dourada, da Montanha Verde, Caboclo Espada, Lança, Sete Espadas, Sete Lanças, Caboclo da Lança da Fé, Caboclo da Lança do Amor, Caboclo das Sete Espadas do Conhecimento, das Sete Espadas da Lei e da Vida, então se aprofunde no conhecimento do elemento, do simbolismo dos Orixás.

 Os nomes dos Caboclos revelam esse simbolismo, é uma questão de interpretação. É muito melhor e mais seguro, você aprender de quem é a espada, de quem é a lança, de quem é a cachoeira, de quem é o mar, de quem é a mata, de quem é a cor branca, amarela, vermelha, roxa, de quem é esse elemento, aquele, aquele outro, do que consultar listas e tabelas em livros que muitas vezes estão apresentando os nomes de Caboclo com relação ao Orixá e você vai ver a relação que não está correta.

Você quer saber na força de quem o seu Caboclo trabalha: interprete o nome dele. Mas, saiba você trabalha com o Caboclo Sete Espadas, você fala Sete Espadas é de Ogum trabalhando nas sete linhas, mas ele pode ser Sete Espadas do Mar, então ele será de Ogum trabalhando nas sete vibrações dentro do campo de Yemanjá.

A gente tem Caboclo Beira Mar, beira mar é uma referência a Ogum Beira Mar, então, Caboclo Beira Mar já é um Caboclo de Ogum - beira mar é onde você tem água e terra – então , Beira Mar é de Yemanjá? É, mas também é de Obaluayê porque é água e terra. Caboclo Sete Ondas, as ondas são referência ao mar, as ondas são vibrações, são energia, onda é movimento também tem Yansã.

 A onda é a água que está se movimentando no ar, então essa é a interpretação que tem que ser feita. Caboclo Marinho: Caboclo de Yemanjá, Caboclo da Água: Yemanjá, Caboclo do Fogo: Xangô, Cabocla do Fogo, Cabocla da Água, Caboclo Matinata é um Caboclo de Ogum Matinata, Ogum Matinata é uma entidade, o Caboco Matinata é outro. Ogum Beira Mar é uma entidade, Caboclo Beira Mar é outra e essa é uma confusão comum na Umbanda.

As chamadas de Caboclos de Ogum são chamadas de espíritos humanos que alcançaram o grau de Caboclo na força de Ogum, chamada de Ogum é chamada dos naturais de Ogum são coisas diferentes, é comum fazer confusão. Dizer “Eu trabalho com seu Oxóssi Pena Branca”, quem é ele? É um Caboclo de Oxossi, os nomes dos naturais de Ogum são nomes conhecidos como: Beira Mar, Matinata, Xorokê, Ogum de Ronda, Ogum Naruê, Ogum Marinho, Ogum Beira Mar são nomes conhecidos. Agora, dos outros Orixás como Oxóssi não tem muitos nomes conhecidos, então é Oxóssi da Lei, Oxóssi do Ar, Oxóssi do Conhecimento, Oxóssi do Amor, Oxóssi da Fé. A gente tem algumas Oxuns que são conhecidas como Oxum Apará que trabalha na Lei, mas também temos Oxum do Amor, Oxum do Conhecimento, Oxum da Fé e não tem que ter necessariamente um nome conhecido.

Os Oguns têm nome muito conhecido porque os Caboclos de Ogum, eles ostentam, eles assumem os nomes dos Oguns e aí que você tem: Caboclo Matinata, Caboclo Rompe Mato, Caboclo Beira Mar, Caboclo que está ali na força de Ogum, mas não é incorporação do Orixá Ogum, é incorporação de um Caboclo de Ogum e é aí que não deve se fazer confusão, aí que se deve prestar atenção: o que é um Caboclo de Oxóssi, o que é Oxóssi; o que é um Caboclo de Xangô e quem é Xangô, o que é um Caboclo de Yemanjá e quem é Yemanjá, então uma Cabocla de Yemanjá não é Yemanjá.

A incorporação de Yemanjá é a incorporação de uma natural, aí se diz: incorporou a mãe Yemanjá, o Orixá Yemanjá, não fala e não dá consulta.

 Incorporou, está falando, dando consulta é Caboclo, mas há Terreiros que dizem: “Não, esses são os Oguns”, é a maneira de se relacionar, então não vale a pena discutir sobre a maneira de se relacionar, para nós que estamos estudando sabemos: aquele que fala e dá consulta é espírito humano, então é Caboclo e aí está a diferença do Caboclo Beira Mar para Ogum Beira Mar.

Anna Pon

(Texto baseado no Curso de Teologia de Umbanda Sagrada – Desenvolvido por Rubens Saraceni – Ministrado por Alexandre Cumino -) 


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Comentários


  1. Um guia me disse que meu guia 'caboclo' é do 'fundo da mata' e 'guarani'.
    Qual(is) linha(s)/vibração(oes) poderia ser?
    Desde já agradecido e parabéns pelo excelente trabalho no blog.

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    Respostas
    1. Olá The Lord! Ao que tudo indica, é um caboclo de Oxossi, falange, talvez, dos Mata Virgem! Grata pela participação!

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    2. Muito obrigado pela ágil e sábia resposta!
      Salve vós!

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    3. Boa noite Anna.
      Me fora dito, depois do último post acima, que o guia tem bastante conhecimento de folhas e ervas da Mata e que, inclusive, eu deveria começar a estudar sobre o assunto.
      Isso dá mais refinamento sobre a falange atuante da Mata?
      Desde já agradecido.
      Salve!

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    4. Olá The Lord! O estudo é uma chave para o conhecimento que já obtivemos em outros vidas e sim, o estudo é uma ferramenta a mais que o guia utilizará! Axé!

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  2. Prezada Anna,

    Outra confusão que percebo na literatura umbandista refere-se ao 'pai de cabeça'.
    Verifiquei que, em algumas obras, o 'pai de cabeça' refere-se à vibração/orixá do médium, assim como, em outras obras, refere-se à vibração da entidade/guia mentora do médium.
    Se possível, gostaria de seu esclarecimento acerca do tema que, para mim, parece não ter uma clareza, e sim muita discrepância, no próprio meio umbandista.
    Desde já agradecido pela atenção dispensada!

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    Respostas
    1. Olá The Lord, sugira que leia o post, aqui no blog, Orixá de frente, adjunto, ancestral, talvez lhe esclareça! Grata pela participação!
      http://aalmadascoisas-annapon.blogspot.com.br/2015/02/orixa-de-frente-orixa-adjunto-orixa.html

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  3. Bom dia Anna!
    Venho aqui relatar algo interessante que ocorreu comigo, em duas ocasiões seguidas...
    Nas últimas 2 giras em que eu estava na assistência(ainda não pertenço à corrente), na parte da saudação a Oxóssi (só p/entenderes: saúdam as 7 linhas na gira), um guia me saudou fazendo 'sinais'. Prontamente, eu o saudei de volta.
    O fato 'mais coincidente' é que em ambas as vezes, foram em 2 sábados consecutivos, o guia que me saudou estava incorporado no mesmo aparelho em ambas ocasiões.
    Cabe ressaltar que, na primeira vez em que ele me saudou, foi em um ponto referente a tupis/tupinambás/mata virgem. Já na segunda vez, foi no clássico ponto 'Arreia capangueiros, capangueiros da Jurema...'.
    Oxóssi tem estado muito presente pra mim, em virtude de tudo o que já relatei e, mais uma vez, venho acrescentar neste novo registro.
    Pelo exposto, estou começando a 'inferir' que Oxóssi possa ser a minha vibração 'de frente', o 'pai de cabeça'.
    Sendo asism, gostaria de suas considerações a respeito desses fatos 'coincidentes' e recorrentes, se possível.
    Desde já agradecido pelo conhecimento compartilhado e pelas palavras, sempre sábias e prestimosas!
    Um fraterno abraço e um grande axé!

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    Respostas
    1. Que maravilha The Lord! Fico feliz e desejo muita Luz em seu caminhar!

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  4. Nossa!!! Muito encantado com o texto, aprendi muita coisa. E principalmente aprendi e entendi a força que o caboclo a qual sirvo de aparelho trabalha. Que oxalá continue abençoando sua caminhada . Axé

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