Nariz empinado (Pessoa orgulhosa)



Nariz Empinado

É, de fato, muito interessante, cruzar na rua com alguém que se mostra, em algumas circunstâncias, espiritualizado,  e quando te vê, não te enxerga, passando batido como quem passa por mais uma vitrine sem graça.
Deve ser porque o ser, em questão, seja um mero buscador da condição que espiritualiza o ser humano. Deve ser, mas acho até engraçado porque a pessoa faz um esforço tremendo para fazer de conta que não te viu, porém, a gente sabe que viu. Chega a ser cômica a situação.
A pessoa, nessas horas, empina tanto o nariz como fosse superior em busca do melhor ar, aquele só a ela, ser especial como se sente, reservado. É muito engraçado!
A gente pensa, nesses momentos:
- Nossa! Que pessoa metida a besta, fingiu que nem me viu, credo! Também grande coisa, que se...
Realmente, se não pensamos exatamente assim, é claro que pensamos alguma coisa e, esse nosso pensar, pode trazer consigo, um súbito mal estar causado pela indiferença do outro que, apesar de nos ter visto, fingiu que não viu e ficam os dois com uma espécie de carga negativa que tanto pode passar em segundos, como pode perdurar pelo resto daquele dia.
Ninguém é obrigado a nos cumprimentar, não, de forma alguma, mas, fingir que não viu, ignorar, é muito pior, faz mal tanto para o que ignora quanto ao ignorado e tal atitude pesa mais naquele que, aparentemente, é buscador da espiritualidade, porque ser espiritualizado não se aprende nos livros, estes apenas apontam o caminho. Ser espiritualizado é atitude, vida, conhecimento sobre si mesmo.
Sei que não conseguimos ser o tempo todo seres espiritualizados a ponto de vivermos as lições que nos são transmitidas pelas religiões, livros, etc, mas, se buscamos o caminho espiritual, se pregamos o bem e buscamos a Luz, temos de, antes de tudo, sabermos que colhemos os frutos de nossas ações e que, pequenas atitudes, como essa, por exemplo, de fingir não ver alguém que conhecemos quando a encontramos por acaso na rua, pode gerar um efeito extremamente nocivo em nós, primeiramente, e no outro por consequência.
Pode parecer exagerado esse meu pensamento, porém falo do que sinto e, se sinto, o outro também sente, lógico que uns sentem mais, outros menos, porém não existe aquele que não sinta nada diante de situação igual ou parecida.
Somos humanos vivendo mais uma experiência na matéria, trazemos, de outros tempos, outras vidas, sinais de personalidades já assumidas, umas mais dóceis, outras nem tanto, mas, se estamos aqui, agora, é para que tenhamos a chance de sermos melhores, mais lúcidos, ainda mais se estamos engajados em trabalhos espirituais.
Atitudes como essa, acima descrita, já me causou muito incômodo, mal estar, hoje já não sinto mais assim. Hoje, atitudes como essa, me causam riso, eu rio demais e sei que isso é bom porque sinaliza que algo eu já aprendi.
Acho muita graça no esforço que a pessoa faz para disfarçar, em suas expressões faciais quase sempre sisudas, mas, a campeã dessas caras e bocas é o nariz empinado. Esse realmente é o mais engraçado, mesmo porque quem muito o nariz empina, pode pisar em algo não muito agradável.
Na qualidade de buscadora da espiritualidade, me reconheço falha, tenho muito a aprender e lapidar em mim mesma ainda. Sei que não sou imune a atitudes menores, reconheço que às vezes saio da rota sem me dar conta e, quando percebo, já fiz algo que na verdade não gostaria de ter feito, porém me perdoo, tenho paciência comigo e começo tudo de novo.
Às vezes também, coisas como essas acontecem com a gente justamente para que gravemos, em nossas mentes e corações, como é ruim agir assim com as pessoas, mesmo que elas não nos agradem ou sejam recentemente conhecidas, nunca é bom agir assim, pois se nos causa desconforto/constrangimento, não devemos expor a quem quer que seja, ao mesmo mal estar.
A mim sempre serve de lição ser tratada, de alguma forma, mal ou com indiferença porque me inspira a jamais tratar alguém da mesma forma.
E assim vamos crescendo, aprendendo, caminhando.
Quanto ao nariz empinado, bem, daria sim uma boa e engraçada estória!

Anna Pon


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