Relato baseado em vivência espiritual - Conduzido por várias entidades

 


O ano passado, 2020, marcou a humanidade e a cada um de nós afetou de alguma forma

A pandemia se estabeleceu e em todos os países modificou rotinas, hábitos, ceifou vidas e um grande esforço foi e está, hoje, abril/2021, sendo necessário para sua contenção.

Nunca foi tão exigido o esforço individual com vistas ao coletivo.

Nós, Umbandistas, universalistas e grande parte dos espiritualistas, bem como espiritas, há tempos ouvimos alertas da espiritualidade quanto à Transição Planetária, ou seja, o grande movimento de mudança da Terra que passará de planeta de provas e expiações para outra categoria: Regeneração. 

Esse movimento de mudança do planeta convida o ser humano a evoluir pela modificação de sua conduta moral, pelo auto conhecimento e pela observação às leis que regulam a natureza e as sociedades.

A pandemia está no mundo exigindo de cada um e de todos mudanças, mais empatia, solidariedade, é um convite à fraternidade. O momento exige tais mudanças porque o processo de transição do planeta já começou e a espiritualidade espera de nós comprometimento com o bem, com a luz.

Muitas pessoas, no mundo inteiro, desencarnaram vítimas do vírus, outras estão ainda sofrendo seus efeitos, outras ainda, viverão com as sequelas da doença. É hora de parar e refletir, colaborar efetivamente para que triunfe o bem dentro de nós para que enfim se estabeleça fora.

Com tanta gente desencarnando ao mesmo tempo ao redor do mundo, sabemos e a espiritualidade deixou claro, para muitos, que o trabalho do lado de lá tomou proporções que nós, aqui encarnados, não temos condições de sequer imaginar, só fazemos uma leve ideia do volume de trabalho, de socorro e assistência às vitimas que a espiritualidade vem prestando. 

Somos gratos a eles por tanto amor, assim como somos gratos a todos os encarnados que tem se dedicado ao socorro das inúmeras vitimas desse vírus que chegou e em pouco tempo mudou tantas coisas em nossas vidas.

Faço a introdução acima ao texto principal dessa mensagem, porque senti que era necessário, pois o relato que segue abaixo, vem de encontro à realidade que estamos vivendo e ilustra, um pouco, o grande trabalho que a espiritualidade realiza nesse momento tão difícil que estamos passando como humanidade e que igualmente nos dá alguma noção sobre o movimento de transição do planeta e tudo o que o momento exige de cada um de nós.

O livre arbítrio sempre será respeitado e suas consequências deverão ser assumidas.

Apresentação:

Para quem não me conhece, me apresento brevemente:

Sou Anna Pon, médium de Umbanda que já passou pelas escolas do catolicismo e Kardecismo.

Minha mediunidade tem como principal característica a vidência/audiência.

Pertenço à egregora da Casa do Vô Benedito, onde fui consagrada/cruzada, Mãe Pequena pelo nosso sacerdote, fundador da casa, pai Antônio de Oxóssi com as bênçãos de nosso querido e iluminado Vovô Benedito, mentor espiritual e chefe de terreiro.

RELATO DE VIVÊNCIA ESPIRITUAL 

O relato a seguir é fruto do nosso trabalho/reunião virtual que começou em 2020 e segue neste modelo até o momento, abril/2021.

Quando nós, médiuns da Casa do Vô, nos afastamos fisicamente por conta da pandemia, um grande silêncio se fez por parte da espiritualidade. Nenhuma entidade se comunicou, ao menos comigo foi assim. Relato minha experiência pessoal.

Digo isso porque pela característica de minha mediunidade, é comum e familiar, no meu caso, ouvir e visualizar cenas que a espiritualidade permite e quando a pandemia chegou senti tudo parar. Logo quando queria tanto ouvir sobre o vírus e a doença, para saber lidar e até ajudar outros com o processo, só o silêncio se fez. Percebi que os espíritos estavam bastante ocupados devido à delicadeza e necessidade do momento que abalou as estruturas do ser humano.

Mesmo diante de tão profundo silêncio, continuei com as orações que aliás, desde 2020, realizamos todos os dias em grupo.

Em nossa reuniões virtuais, que acontecem aos sábados, desde o ano passado, foi permitido visualizar alguns trabalhos realizados pela espiritualidade. Muitos deles relacionados ao nosso grupo e outros individuais, segundo as necessidades de cada dia, mas dessa vez, ou melhor, nas últimas duas vezes, o trabalho tomou dimensões maiores e se estendeu como um alerta para todos, sejam médiuns de nossa casa ou não.

A Casa do Vô Benedito é regida pelo Orixá Oxossi e o primeiro grande trabalho, realizado por seus caboclos, que senti como um trabalho que deveria ser compartilhado, foi o de nos conectar com nossa ancestralidade, mas não tão simples assim. Eles nos conduziram, como se faz em trabalhos de apometria, a retroceder cada vez mais na busca por essa conexão com a ancestralidade de cada um até chegar ao ponto de nos conectarmos com os povos originais de nossa Pátria Brasil para a compreensão do motivo pelo qual aqui reencarnamos e estamos vivendo.

Os caboclos nos conduziram às raízes da nação, nos conectaram à ancestralidade de nosso país. A razão pela qual assim agiram pode variar no entendimento individual, mas acredito que seja uma mensagem abrangente, que diz respeito à coletividade, à sociedade brasileira. É como se convocassem nossa ancestralidade em socorro à nossa pátria e em sua preservação em todos os sentidos. Sinto como fosse um pedido de socorro à ancestralidade.

É uma conexão poderosa essa com nossa ancestralidade individual e coletiva. 

Vale reflexão para que cheguemos à compreensão do nosso papel em sociedade, bem como qual é o nosso dever no momento atual. 

É profundo tudo isso. 

Pedimos auxílio à ancestralidade através dessa conexão que nos foi permitida acessar e que está disponível a todos que a busquem em seus trabalhos mediúnicos Umbandistas ou não. 

A espiritualidade não tem fronteiras ou bandeiras, portanto o acesso está disponível aos de bom coração e intenções voltadas ao bem e ao progresso em comum.

Lembrando que o livre arbítrio sempre será respeitado e as consequências de nossas escolhas serão de nossa responsabilidade.

O segundo trabalho, igualmente abrangente, que entendemos, em comum acordo, que deveria ser compartilhado, pois não nos pertence devido à sua extensão, complexidade e objetivo, foi realizado pelos Exus da Casa, estando no comando Sr.Marabô da Encruzilhada e Sr.Tranca Ruas das Almas.

Sei que o relato não atingirá tudo o que foi revelado, mas farei o possível e o melhor para que todos entendam e, de alguma forma, reflitam, analisem e concluam segundo cada entendimento. 

Meu compromisso é com a espiritualidade, tendo como base, pilar, sempre a verdade e a fidelidade quanto às informações que me são transmitidas.

Todas as vezes que um grande trabalho será realizado, sinto, já pela manhã, uma espécie de agitação, que não é ansiedade, mas uma sensação. Como se algo desconhecido se aproximasse. Creio que seja um alerta da espiritualidade para que a gente se mantenha alerta sem perder o foco.

Foi assim no último sábado em nossa reunião virtual.

Abrimos o trabalho com uma canção xamanica que fala sobre a terra, sobre a nossa conexão com essa mãe tão generosa que nos abriga, sustenta, alimenta e para onde todos, um dia, voltamos.

Caboclos, de etnias diversas, se apresentaram mostrando toda a fartura com a qual a natureza nos alimenta e sustenta nossas vidas. Frutos, folhas, raízes, alimentos sagrados para a manutenção da vida humana sobre a terra.

Dos rios, os peixes, fonte de alimento que manteve e mantém o sustento de muita gente. Não deve haver fome onde existe tamanha fartura. A terra é generosa, portanto, é nosso dever preservar, ajudar para que a fonte não seque, para que os rios sigam, limpos, seu curso. De tudo isso depende a vida no planeta.

Foi uma conexão com essa energia que aconteceu para nos fazer lembrar, refletir sobre como estamos lidando com o alimento e para que todos a ele tenham acesso, para que a fome não mate num país onde a natureza é farta e generosa. 

Refletir sobre a ação de cada um de nós nesse sentido.

Nos mangues, berços da vida, estações de transição entre a água e a terra, uma mulher negra surge, vestida de branco, simbolizando a grande mãe, que para nós na Umbanda é avó, Nanã Buruque. 

De suas mãos intensa luz se projetava iluminando o mundo. E num gesto de amor e misericórdia, ela estendia suas mãos derramando luz sobre tudo, sobre todos.

Na sequencia o trabalho dos Exus começou:

Exu Rei se apresentou como um homem de meia idade, cabelos e barba longos trajando capa vermelha, lembrando os trajes antigos de reis, porém, mais simples, apenas a capa sem adornos.

Diante dele havia uma mesa grande e sobre ela, alimentos, tais como: pão, sal, azeite, tâmaras e mais alguns que não pude identificar. Havia alguns símbolos também, como a Menorá (é um candelabro de sete braços, um dos principais e mais difundidos símbolos do Judaísmo), além do tridente de Exu, cruzado em frente à mesa ali colocado por Exu Marabô.

Tudo isso simbolizando o alimento material e espiritual necessário à manutenção da vida humana, além de todos os alimentos considerados sagrados ao longo dos tempos pelas religiões e que alimentaram a fé e a esperança de muita gente.

Oportuna simbologia para o momento que vivemos como humanidade.

E assim, numa união de forças entre os Exus, começou o grande trabalho programado para o dia. 

Foi um trabalho bastante semelhante - mais uma vez - aos trabalhos realizados pela apometria, porém, a grande diferença, no caso, é que apenas as entidades trabalharam, a nós, médiuns, coube apenas o papel de doadores de energia para que o mesmo se realizasse.

Exu Rei é um chefe de falange antiga, nesse agrupamento se reúnem Exus que estão a muito tempo em trabalho. Como líder, Exu Rei trouxe a força do conhecimento da magia antiga, vindo com ele e sob seu comando, muitos Exus, magos de tempos remotos que hoje fazem parte desse exercito de Luz que se organiza no astral por conta do advento da transição planetária.

As explicações a seguir ficaram por conta de Sr. Marabô e Tranca Ruas das Almas:

Uma grande limpeza de frequências se iniciou; antigas iniciações estão sendo desfeitas e suas funções, já esgotadas, serão definitivamente anuladas pelo poder a nós, Guardiões, concedido pelo pai Maior.

Grandes magos de todos os tempos foram convocados para seguirem a serviço da Luz, trazendo todo o seu conhecimento em beneficio da humanidade e do processo de transição do planeta.

A hora de servir à Luz é essa.

Foram convocadas também as magas, Pombas-gira conhecedoras das magias realizadas com a energia feminina. Grandes magas de todos os tempos se reúnem nesse imenso agrupamento de espíritos a serviço da Luz.

Não seguir a Luz é uma opção que não entra no mérito da questão que ora lhes apresentamos.

Todos os magos e magas foram convocados para servirem à Luz, colocando à disposição todos os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo de todas as suas encarnações, colocando a magia a serviço da Luz.

Desse modo, um grande agrupamento se organiza em honra à Mãe Terra que a todos acolheu, alimentou, oportunizou o conhecimento e forneceu, generosamente, a matéria-prima, poder realizador da magia.

É hora de retribuir honrando todo alimento já consumido e todo o que nos mantém vivos, seja de um ou do outro lado da vida.

É hora de honrar a ancestralidade, agradecer a todos e unir nossas forças às deles em beneficio de todos, para que a Luz, soberana resplandeça, no novo tempo que há de vir.

E nesse momento, em honra, respeito e gratidão, nos tornamos os Guardiões Planetários exclusivamente a serviço da Luz e pela evolução do planeta Terra nesse momento de transição.

Aos que almejam se unirem a nós, não serão necessários grandes "sacrifícios" nem tampouco nenhuma iniciação, basta que observem alguns apontamentos:

- Honrar a Terra e sua ancestralidade;

- Auxiliar na manutenção dos recursos naturais disponíveis;

- Consumir com responsabilidade colaborando assim com a manutenção de todo o tipo de vida sobre a Terra.

Todo esforço pela preservação do planeta é bem-vindo e observado.

Fim dos trabalhos e das explicações dos Exus

Para fechar os trabalhos do dia, foram chamados os Marinheiros de Umbanda. 

Essa linha faz limpeza energética e deixa a sensação de bem-estar nos médiuns. 

Nesse dia, porém, foram além, como fechando com chave de ouro todo o trabalho realizado, mostraram a fonte de alimento que vem do mar, a força dos pescadores e seus ancestrais que alimentaram suas famílias com os recursos que o mar, tão generoso quanto a terra, fornece.

Gerações e gerações sobreviveram e ainda sobrevivem do alimento que vem do mar. 

A mensagem que eles, marinheiros nos deixam, para finalizar, é que cada um ajude, como puder, a preservar os mares que banham o mundo e fornecem alimento, navegação, tanta colaboração que o mar já deu ao ser humano, que agora é hora de retribuir, honrando essa força, esse poder que vem do mar.

Essa é também uma maneira de colaborar com a transição do planeta porque toda ação pelo bem, preservação e consciência, colabora com a Luz que a todos nós convoca para que a sirvamos em retribuição ao tanto que já recebemos, nós e nossos antepassados.

Vamos pensar seriamente nisso.

Anna Pon 
Relato baseado em vivência espiritual
Conduzido por várias entidades


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Comentários

  1. Anna querida Mãe, excelente descrição dos trabalhos espirituais que estão ocorrendo em toda a face da terra, em todas as partes e confins do mundo. Para cada civilização/país/cultura ele está ocorrendo, porém pode adquirir as roupagens necessárias para o seu entendimento de acordo com cada localidade.

    Assim, podemos dizer que a LUZ está renascendo e os tempos de trevas começam a se enfraquecer. Novas perspectivas e comportamentos virão, mas o que eles nos dizem, que tudo o que virá deverá estar ancorado às origens da vida, as Grandes Mães - Terra, Água, Fogo, Ar e Éter (que possui vários nomes, como prana, nous entre outros). É necessário sabermos desfrutar e respeitar os 5 elementos, (o Panchamahabutas, descrito nos Vedas) que compões a vida, e dela somos seus guardiões.

    São estes elementos que devemos cuidar e respeitar, pois eles dão sustento a toda nossa dimensão presente, e necessária para seguirmos em nossa jornada evolutiva. Porém sem esquecermos de que aqui também estamos para aprender e conviver com nossos irmãos. A por em prática o ensinamento de Jesus em relação ao amor a Deus e ao próximo.

    Somos gratos a todas as Entidades, Egrégoras e Seres de Luz presentes neste trabalho, acima descrito. Este também é o nosso trabalho, e desejamos todos nós - filhos da Umbanda, poder sempre contribuir para a propagação da LUZ e do AMOR, pois, como diz o hino da Umbanda, "A Umbanda é PAZ e AMOR...levando ao mundo inteiro a mensagem de Oxalá"!

    Saravá e Axé!

    Pai Antonio de Oxóssi - Casa do Vô Benedito (Campo Largo, 12/04/21)

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    1. Grata pelo lindo comentário Pai Antônio! Grata por estarmos juntos nessa jornada!

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